domingo, junho 17, 2007

Espumante Terras do Demo da Cooperativa Agricola do Távora é um sucesso


Em 2004, quando começou a ser comercializado, esgotou a produção de sete mil garrafas. Três anos depois, 100 mil unidades são já insuficientes para o mercado nacional. O espumante Terras do Demo, criado e produzido pela Cooperativa Agrícola do Távora (CAT), em Moimenta da Beira, é um sucesso na conquista do paladar dos portugueses. Mas não só. As portas para a exportação, também já se começam a abrir. "Este ano, já exportamos cerca de 500 caixas para a Inglaterra, e estamos em negociações com o Brasil", diz Vítor Pereira, gestor da CAT, a mesma que produz e comercializa o vinho homónimo do espumante, um dos mais premiados em Portugal. O champanhe é feito à base da "malvasia fina", a casta rainha da região demarcada Távora-Varosa, que congrega os concelhos de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e ainda algumas freguesias dos municípios de Penedono, Armamar, S. João da Pesqueira, Tabuaço e Lamego. "É a região dos melhores espumantes portugueses. Basta lembrar que é aqui que se produzem as marcas Raposeira e Murganheira", recorda o gestor da CAT.

O que distingue o Terras do Demo daqueles dois champanhes é a tonalidade "citrina", o aroma "intenso" e o o trago final "persistente". "Eu, que não gostava de nenhum tipo de espumante, provei o de Moimenta da Beira e agora não quero outra coisa", desabafa José Oliveira, ex-presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu.

"Todos os dias conquistamos o paladar de mais um português", enfatiza Vítor Pereira. O gestor da CAT diz que o sucesso do Terras do Demo se deveu, desde o início, à relação qualidade/preço. Uma caixa de duas unidades custa 15 euros e a de três 20. "Em 2003, quando se equacionou a possibilidade de produzirmos o espumante, o factor qualidade foi desde logo eleito como uma condição. Só apostando na qualidade (e no preço) do produto poderíamos ter sucesso. E estamos a ter", sublinha.

O aumento da produção futura do Terras do Demo, passa pela construção de raiz de caves próprias. "Terrenos temos, mas é preciso termos dinheiro", diz Vitor Pereira.as do Demo, criado e produzido pela Cooperativa Agrícola.

Noticia da autoria do jornalista Rui Bondoso e editada pelo Jornal de Noticias na sua edição de hoje

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